Bater à porta do coração
Paiva Netto
É indispensável orar e vigiar, mormente nas
ocasiões de crise, qualquer que seja o local ou o instante. A dor não aguarda
oportunidade para bater à porta do coração. E
a prece não é somente útil nos transes dramáticos da vida, mas essencial na
hora de buscar as soluções para os desafios de ordem filosófica, política,
econômica, científica, religiosa, artística, esportiva etc.
Esse é um pequeno trecho de artigo que
escrevi na década de 1980, com o título “Vencer o sofrimento do corpo e da
Alma”. Recentemente, a professora Adriane Schirmer citou essa minha palavra no
programa “Aprendendo Português”, na Rádio Brasília, 1.210 kHz, que integra a
Super Rede Boa Vontade de Comunicação. Ela quis exemplificar o verbo “bater” em
seus diferentes empregos na nossa gramática. No caso aqui, “bater à porta do
coração” [com crase], no sentido de anunciar alguma coisa.
Há imensos dramas que nem sempre se anunciam
e por vezes invadem numerosos lares pelo mundo, também provindos de conflitos
bélicos. Igualmente se assiste ao “baterem a porta” [sem crase] aos apelos de fraternidade,
de entendimento, de misericórdia, de Paz. O planeta ainda é assim. Contudo,
Deus é maior! Não existe tempestade que não seja procedida por bonança. Continuaremos
orando e trabalhando na conquista de tempos melhores para os povos da Terra.
Disse Jesus: “Vigiai e orai para não cairdes
em tentação” (Evangelho, segundo Marcos, 14:38).
HOMENAGENS
Aqui, uma singela homenagem a quatro figuras
ilustres do Brasil que faleceram este mês.
No dia 18, aos 73 anos, o premiado escritor
baiano João Ubaldo Ribeiro; dia 19, o reconhecido educador mineiro Rubem Alves,
com 80 anos; dia 23, o respeitado dramaturgo e poeta paraibano Ariano Suassuna,
aos 87; e no dia 25, aos 79, o renomado astrônomo e físico carioca Ronaldo
Rogério de Freitas Mourão. O currículo de todos mostra brilhante atuação no
cenário brasileiro e mundial.
No meu acervo e no da LBV, guardamos com
esmero obras desses caros Irmãos em Humanidade. Dentre elas, “Viva o povo
brasileiro”, com essa dedicatória: “Para José de Paiva Netto, com um
abraço, muito cordial, de João Ubaldo”; “Perguntaram-me se acredito em Deus”, que recebi autografado: “Para o Paiva Netto (...), com um
abraço do amigo, Rubem Alves”; “A história do amor de Fernando e Isaura”, com
essas fraternas palavras: “Para José de Paiva Netto, a quem, por Leila, mando
este livro com as saudações de Ariano Suassuna”; e “Astronomia & Budismo”,
de Rogério Mourão, que foi um dos conselheiros do Fórum Mundial Permanente
Espírito e Ciência, da LBV.
Conscientes de que os mortos não morrem,
sabemos que, onde estiverem, no Plano Espiritual, esses nossos amigos receberão
as vibrações de Paz dos Legionários da Boa Vontade. Aos seus entes queridos, a
solidariedade de todos nós.
José de Paiva Netto é jornalista, radialista e
escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com