quinta-feira, 25 de julho de 2019

Artigo


Caridade e Meritocracia Divina

Paiva Netto

Quando Deus criou os Universos, o fez por espírito de Caridade. E, quando passou à Sua criação cósmica o sentido do livre-arbítrio (relativo), também usou de Caridade, para que cresçamos pelo nosso esforço, de modo que, um dia, possamos merecer o Seu Reino Espiritual, que vem baixando a nós ao toque da Sétima Trombeta: “O sétimo Anjo tocou a trombeta, e se ouviram no céu grandes vozes, dizendo: O reino do mundo tornou-se de Deus e do Seu Cristo, e Ele reinará pelos séculos dos séculos” (Apocalipse, 11:15).

O livre-arbítrio, associado ao senso de responsabilidade, é uma disciplina de Deus que temos de respeitar. É dessa forma que alcançamos o status da Cidadania do Espírito. É pela Meritocracia* Divina, mediante as nossas boas obras. E, por favor, não confundam esse conceito com uma ideia, quando transversa, de “direito divino” (com iniciais minúsculas). É importante destacar que, sem o entendimento da Lei Universal da Reencarnação e sem o sentido de dever, essa perspectiva de “direitos” é incompleta e se torna um absurdo, podendo resvalar nos privilégios mais condenáveis.
(...)

Novo Mandamento de Jesus e Reencarnação
A Lei da Reencarnação confirma o livre-arbítrio; o livre-arbítrio confirma a Lei da Reencarnação. Um justifica o outro. Agora, se você não conhece, ou não sente em sua alma o Novo Mandamento de Jesus, aí as coisas mais santas acabam tendo uso miserável.

Não é suficiente apenas saber que o mecanismo das vidas múltiplas é uma realidade. É essencial possuirmos a vivência da Ordem Suprema do Cristo — “amai-vos como Eu vos amei. Não há maior Amor do que doar a própria vida pelos seus amigos” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 15:13). Já asseverei, na abertura de meu livro Voltamos! — A Revolução Mundial dos Espíritos de Luz (1996)que o Mandamento Novo, a Sublime Norma do Cristo, é mais importante que o reconhecimento da própria universal Lei das Vidas Sucessivas, porquanto, antes de tudo, é preciso amar como o Cristo Ecumênico nos ama, para compreender e viver — sem oprimir ninguém, muito menos os “párias” da existência humana — o Mecanismo da Legislação Divina, que só pode ser integralmente conduzido pelo Estadista Celestial, que está voltando à Terra, conforme prometeu:

— “Então, verão o Filho de Deus vir nas nuvens, com grande poder e glória”.
Jesus (Marcos, 13:26)

 “Então, o Filho de Deus será visto voltando sobre as nuvens, com poder e grande glória”.
Jesus (Lucas, 21:27)

— “Então, aparecerá no céu o sinal do Filho de Deus; todos os povos da Terra se lamentarão e verão o Filho de Deus vindo sobre as nuvens com poder e grande glória”.
Jesus (Mateus, 24:30)

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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* Meritocracia — Vocábulo originário do latim meritum, que quer dizer “mérito”, e do sufixo grego antigo -cracía, que significa “poder”. É um sistema de gestão que considera o mérito, como aptidão, a razão principal para atingir condição elevada. As posições hierárquicas são conquistadas, em tese, com base no merecimento. E entre os valores associados estão educação, moral e competência específica para determinada atividade. Constitui uma forma ou método de seleção e, em sentido mais amplo, pode ser compreendida como uma ideologia governativa.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Artigo


O Espírito-medida

Paiva Netto

Façamos o Bem, porque o tempo continuará passando.

Como já lhes disse: Estamos corpo, mas somos Espírito. Isso nos leva a concluir que Protágoras (aprox. 490-415 a.C.), filósofo grego da escola sofista, não alcançou a amplitude universal da essência da criatura quando concluiu que “o homem é a medida de todas as coisas”.

Com o pensamento elevado ao nosso Divino Mestre, Jesus, caminhemos mais adiante e digamos que o Espírito Eterno, que habita o corpo humano, ele, sim, é a medida de todas as coisas, porquanto é Cidadão Celeste.

Mulheres e homens, jovens, crianças e Espíritos, Almas Benditas da Boa Vontade de Deus, o nosso esforço é levar ao povo as fórmulas divinas do Amor e da Verdade, da Humildade e da Esperança, da Justiça e da Paz, que emanam dos ensinamentos do Educador Sublime, Jesus. É o Pão Espiritual, que nos empenhamos em dividir com todos. (...)

O segredo é confiar em Jesus, o Grande Amigo que não abandona amigo no meio do caminho! Eis o início de todo o Bem. Conforme dizia o velho Goethe (1749-1832), “no princípio, a ação”. O valor se prova com o trabalho.

Logo, se plenamente nos guiarmos pelos Preceitos Espirituais, revelados pelos porta-vozes do Altíssimo, presentes nas mais variadas culturas, as lamentações de Jeremias sobre Jerusalém encontrarão seu término, e “haverá um só Rebanho para um só Pastor”, que é o Cristo (Evangelho de Jesus, segundo João, 10:16).

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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Serviço — Tesouros da Alma (Paiva Netto), 304 páginas. À venda nas principais livrarias e bancas de jornal.


sexta-feira, 19 de julho de 2019

artigo


Não se aposente da vida

Paiva Netto

Por ocasião do Dia dos Avós, comemorado em 26/7, recordei-me de minha saudosa avó Laura. Viveu nesta encarnação 99 anos, lúcida, ativa e juvenil. Veio a falecer — vejam vocês o dinamismo dela — alguns dias depois de voltar da feira, e por causa de um acidente quando retornava para casa. Com sua sabedoria, adquirida nos longos embates da vida, ensinava: “Aos que chegam, na sua existência, ao fundo do poço, só resta levantar a cabeça e começar a subir”. Sábias palavras.

Por sinal, em palestra que proferi sobre o que é ser jovem, veiculada pela Super Rede Boa Vontade de Comunicação (rádio, TV e internet), destaquei esta máxima de Samuel Ullman (1840-1924), a qual muito aprecio: “A juventude não é um tempo de vida, é um estado de espírito”. Por isso, ao ouvir o incentivo que damos ao Jovem de Boa Vontade, o vovô ou a vovó jamais deve sentir-se excluído das nossas atividades. Eu mesmo, com muito gosto, já tenho quase 80 anos. Há décadas venho dizendo: aposentar-se do trabalho não significa aposentar-se da vida. Ela continua sempre. Portanto, é um erro descartar grandes valores porque estão “em idade avançada”. Descobertas importantíssimas foram feitas por homens e mulheres quando ultrapassavam os 60, 70 ou 80 anos. É preciso, pois, aliar ao patrimônio da experiência dos mais velhos a energia dadivosa dos mais moços.

Enquanto houver um sopro de vida, de alguma maneira poderemos ser úteis. Façamos continuamente o Bem.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.