quarta-feira, 26 de novembro de 2014
segunda-feira, 17 de novembro de 2014
ARTIGO
O que interessa
Paiva Netto
Em reconhecimento à Declaração de Paris,
assinada em 12 de novembro de 1995, as Nações Unidas instituíram o 16/11 como o
“Dia Internacional da Tolerância”. A data foi escolhida em tributo à assinatura
da constituição da Unesco, no ano de 1945. Nossa homenagem também ao Dia
Nacional da Consciência Negra, 20/11, em memória do valente Zumbi dos Palmares (1655-1695). O
Ecumenismo étnico é igualmente fator primordial para afastarmos a intolerância
do convívio planetário.
Ideal Ecumênico
Em É
urgente reeducar!, campeão de vendas da 21a Bienal
Internacional do Livro de São Paulo e destaque na 56a Feira
do Livro de Porto Alegre, ambas em 2010, fiz constar trecho de minha publicação
Paz para o Milênio, editada para a
Conferência de Cúpula da Paz Mundial para o Milênio, realizada em 2000, na sede
da ONU em Nova York. Ali defendo a posição de que todas as animosidades que
costumam dividir, segregar os Seres Humanos em grupos intolerantes, se opõem ao
Ideal Ecumênico. Assim sendo, promovem a intransigência, contribuem para a
manutenção desse estado de tensões múltiplas que poderão empurrar o mundo na
direção de um conflito indescritível que ninguém, em sã consciência, pode
desejar.
Vemos o Ecumenismo Irrestrito (entre os mais
diversos ramos do saber humano) e o Total (que abrange as esferas espirituais,
ainda invisíveis aos nossos parcos sentidos físicos) como expressões máximas do
Amor e da Justiça, o eixo de gravidade de uma sociedade sadia. É o estado
natural e o querer espontâneo de toda criatura quando espiritualmente integrada
ao Criador, ou ao verdadeiro sentido de humanidade, e bandeira dos que,
religiosos ou não, labutam por uma convivência planetária melhor. O Ecumenismo
proposto pela Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo não impõe nada a
ninguém, a não ser suscitar o convite para o entendimento natural entre gente
civilizada.
Campo Neutro
Quando o jornalista, radialista e poeta Alziro Zarur (1914-1979) esboçou em sua
mente a criação da LBV, isto em 1926, idealizou-a como um campo neutro, um
ambiente ecumênico, em que todos pudessem, irmanados, conviver em Paz. Numa
palestra que proferi na década de 1990, utilizei-me de um interlocutor fictício
para reforçar na mente dos que me prestigiavam com sua atenção o valor do respeito
e da tolerância no bem conduzir da sociedade no cotidiano:
Qual a sua religião? O que isso interessa?
Qual o seu partido político? O que isso
interessa?
Ah, você é negro! O que isso interessa?
Você é mestiço! O que isso interessa?
Você é branco! O que isso interessa?
Você é ser humano! É isso que interessa!
Somos seres humanos, com direito à liberdade
de pensamento. Se aqueles que raciocinam assim como nós não fortalecerem os
seus laços, dias piores virão para a Humanidade. Quem tem segurança hoje? Retomo
aqui importante conclusão do velho Zarur, muito propícia para o momento em que
vivemos: “Não há segurança fora de Deus”.
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
ARTIGO
Ciência, Tecnologia, Paz...
Paiva Netto
A Legião da Boa Vontade, LBV, que integra o
Conselho Econômico e Social (Ecosoc) das Nações Unidas desde 1999, com status
consultivo geral, apresentou em julho de 2013, no Escritório da ONU em Genebra,
Suíça, suas recomendações aos chefes de Estado e de Governo, representantes das
agências internacionais, do setor privado e da sociedade civil presentes na
Reunião de Alto Nível do órgão, que discutiu “Ciência, Tecnologia e Inovação, e
o potencial da cultura na promoção do desenvolvimento sustentável”.
Do documento que preparei especialmente para
a ocasião, publicado na revista BOA
VONTADE Desenvolvimento Sustentável, em espanhol, francês, inglês e
português, trago-lhes mais alguns trechos:
Sem
Fraternidade Ecumênica, não há planeta
Sempre defendi e fiz constar em artigos, na
imprensa e na internet: não há limites para a solidária expansão do Capital de
Deus: o ser humano com o seu Espírito Eterno.
Portanto, a melhor tecnologia a ser
desenvolvida nestes tempos de globalização desenfreada é a do conhecimento de
nós mesmos. É superior a qualquer descoberta tecnológica, pois tem o poder de
impedir que o indivíduo (informatizado ou não) caia de vez no sofrimento por
ter desabado na barbárie mais completa.
Sem o sentido de Fraternidade Ecumênica,
acabaríamos com o planeta, mantendo nossos cérebros brilhantes, mas os corações
opacos. A almejada reforma da sociedade não virá em sua plenitude se o Espírito
do cidadão (ou cidadã) não for levado em alta conta. (...) O mundo precisa de
progresso, sim e sempre, que lhe dê pão e estudo; todavia, necessita igualmente
do indispensável alimento do Amor e, por conseguinte, do respeito.
A Solidariedade e a Fraternidade são
justamente combustíveis que motivam a ação diligente de todos os atores sociais
idealistas da comunidade internacional.
Paz e entendimento entre os povos
Se a tecnologia, pois, supera barreiras
humanas — a internet é um exemplo disso —, é fundamental que a Solidariedade se
desenvolva à sua frente, a fim de iluminar-lhe os caminhos. Nunca estivemos em
momento mais auspicioso para demonstrar quão potencialmente grandes são as
possibilidades de usá-la a serviço dos povos.
Que sob a invocação de Ciência, Tecnologia,
Inovação e Cultura, sem prescindir de exaltado espírito de solidariedade
humana, possamos no remate deste encontro abraçar, juntos, uma agenda de
realizações pautada no entendimento comum que os membros da ONU, desde a sua
fundação, perseguem, assim como as Mulheres, os Homens, os Jovens, as Crianças
e os Espíritos de real Boa Vontade. (...)
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
domingo, 16 de novembro de 2014
terça-feira, 11 de novembro de 2014
ARTIGO
Muro
de Berlim e as fronteiras vibracionais
Paiva Netto
Após a inauguração do Templo da Boa Vontade, em
Brasília/DF, Brasil, em 21/10/1989, testemunhamos, pela TV, em 9 de novembro,
na Alemanha, a queda do Muro de Berlim. Esses dois acontecimentos, que completaram
25 anos, trazem em similitude a vitória da liberdade. A ignorância, porém,
persiste, em várias regiões do mundo, em desejar tolher o direito inerente à
criatura humana de poder exprimir, com equilíbrio, as suas convicções
políticas, científicas, artísticas, filosóficas, religiosas, esportivas, e
assim por diante, na busca de um mundo melhor.
Quem poderia conceber que aquele portentoso
paredão, que muito mais que concreto era ideológico, tombaria? Mas caiu! Da
mesma forma, as fronteiras vibracionais entre esta e outras dimensões também
virão abaixo, mais cedo ou mais tarde.
Universo Invisível
Em 1981, durante a conferência “A Decodificação do
Pai-Nosso”, que realizei em Porto Alegre/RS, Brasil, no Ginásio de Esportes do
Colégio Protásio Alves, convidei o povo que me honrava com sua atenção a
desenvolver este raciocínio:
A Ciência humana, a despeito dos respeitáveis
esforços de tantos abnegados idealistas, encontra-se no início de sua brilhante
trajetória, apesar do extraordinário progresso a que nos tem conduzido. Vejamos
o justificado deslumbramento de suas mais importantes figuras ante a restrita
parcela do Cosmos que se vê. Mas e diante da imensidade que não se enxerga, que
não se descobriu ainda?... Não aludimos apenas ao Universo físico, com suas
galáxias, que é algo realmente de assombrar: só a Via Láctea, da qual fazemos
parte, abarca bilhões de estrelas... É incrível a sua abrangência!... E os mais
poderosos telescópios e radiotelescópios alcançam a mínima parte deste Universo
físico. Os seres humanos, e mesmo os invisíveis de razoável grandeza
espiritual, pois essas são muitas no “Outro Lado” da Vida, acabam também
fascinados, e com muita razão... Entretanto, e a amplitude que até agora não
perlustramos? Aqui está a filigrana: quando arguimos pelo que falta desbravar,
não estamos unicamente a nos referir à composição material dos corpos celestes
que vagam pelo espaço: essa enormidade que os maiores cientistas não puderam
até o presente momento pesquisar nem sequer ver de todo.
Falamos também do Universo Invisível, ultradimensional,
onde as Almas residem, que, no estágio evolutivo da civilização contemporânea,
não pôde, até agora, ser devidamente percebido pelos olhos somáticos nem
acreditado pela Ciência terrestre, em boa parte. E o mais surpreendente: nem
por alguns religiosos que pregam a Vida Eterna. Todavia, quando diversos
pioneiros começam a analisar e estudar as possíveis dimensões em que habitam os
Espíritos, há quem procure depreciar sua labuta. Na verdade, alguns temem
avançar na direção descortinada pelos precursores. De certa forma, é como na
fábula de Esopo: Vulpes et uva. O filósofo e sociólogo Herbert Spencer (1820-1903) acertou
quando definiu que há um princípio utilizado como uma barreira contra qualquer
informação, semelhante à prova oposta a todo tipo de argumento. Esse preceito
jamais pode falhar, de modo a manter a Humanidade numa ignorância contínua e perpétua.
Trata-se de condenar antes de investigar.
A Ciência tradicional deverá preparar-se para
absorver os muitos dados novos coligidos pela Ciência de ponta. Entretanto,
terá de incluir nas novidades o reconhecimento do Mundo Espiritual, não como
resultado de químicas cerebrais que excitariam a mente humana na região do
ilusório, pois esta conclusão é muito cômoda, sobretudo ante a realidade
pluridimensional, onde existe o prolongamento da vida consciente e ativa do
ser, nas esferas ainda imperceptíveis ao sentido visório.
Ainda em 1981, popularmente discorri sobre essa
questão das dimensões materiais do Universo, tendo em vista ensinamentos do
Evangelho e do Apocalipse de Jesus: em geral, cogita-se de grandeza, dimensão,
distâncias físicas... Contudo, os limites do Universo podem igualmente ser
vibracionais... O ser humano falece, o corpo fica... O Espírito (ou como o
queiram chamar), que não pode ser reduzido ao restrito território da mente,
migra para outro Universo ou outros universos, que ainda não se veem... A
Ciência, em seus elevados termos, a posteriori comprova o que
a Religião, de maneira intuitiva, bem antes percebera. A primeira conceitua; a
segunda ilumina, quando realmente Religião e nunca reserva de tabus e
preconceitos. No entanto, a Intuição, conforme afirmamos, é sempre mais rápida.
É a Inteligência de Deus em nós.
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
segunda-feira, 10 de novembro de 2014
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