segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

ARTIGO


Jesus é maior do que pensamos


Paiva Netto

Costumo afirmar que o Pai Celestial desaprova qualquer manifestação de ódio em Seu Santo Nome. Infelizmente, por vezes, vimos irromper essa separação intolerante, cujo proveito jamais é do agrado de Deus, que é Amor (Primeira Epístola de João, 4:8). Por isso, também abordo esse assunto em minha obra Jesus, o Profeta Divino, no capítulo “A dessectarização do Cristianismo”. É preciso esclarecer que não significa criar outro cristianismo. Na verdade, trata-se de devolver ao Cristo, justo e compassivo, o que é do Cristo, como propôs Alziro Zarur (1914-1979). Portanto, é dessa maneira abrangente que compreendemos o Jesus Ecumênico e Seus ensinamentos redentores, isto é, acima de idiossincrasias ou atavismos grosseiros. Um Jesus sem algemas.
O Cristo liberto de preconceitos e tabus oferece Sua Divina Amizade igualmente aos Irmãos ateus, que também de Deus são filhos.
Jesus veio a este planeta e sacrificou-se por Amor à humanidade. Fica aqui o nosso fraterno e cordial convite para que todos conheçamos o Cristianismo do Cristo e participemos dele.
Jesus é maior do que pensamos.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

ARTIGO


Reflexão de Boa Vontade
O big bang é o Operacional Divino

Paiva Netto

Considerando o sentido de Eternidade, o Universo nunca foi criado, jamais teve princípio nem terá fim, porque ele sempre existiu e existirá em Deus. Isso não significa dizer que o Universo é Deus, mas que, em potencial, sua existência sempre foi uma realidade. Qualquer acontecimento, digamos que representado pelo big bang, do dr. George Gamow (1904-1968), é apenas o Operacional Divino para determinada ocasião. Muitos Universos já existiram, porque a presença de Deus é permanente, como o moto-contínuo, cuja equação procurada é o Amor, que é justamente o próprio Deus (Primeira Epístola de João, 4:8).

Para que se faça mais bem entendido aos que me honram com sua atenção, em meus livros Reflexões da Alma (2003) e É Urgente Reeducar! (2010), apresentei algumas de minhas modestas concepções do Criador, desenvolvendo raciocínio nestes termos:

(...) Um dos maiores óbices a serem vencidos pelos seres humanos na grande trajetória para a compreensão de Deus, sob o ponto de vista da Ciência, é deliberar a respeito de que estão pesquisando: sobre Que ou Quem? Ou sobre o Deus Quem e/ou Quê? (não o quê, como uma lata na rua, ou um pedaço de papel rasgado), todavia um Quê Divino, o qual, quando a Ciência O decifrar, abrirá, a si mesma, horizontes em dimensões múltiplas da Sabedoria e da Moral quintessenciadas. (...)

Em tudo isso, uma condição conciliatória se faz primordial: o raciocínio humano não pode ficar limitado ao que foi, até agora, descoberto em laboratório, concluído pelos cálculos ou pela Fé que não ousa se deparar com a Razão. Como propunha Allan Kardec (1804-1869): “Fé inabalável é aquela que pode encarar frente a frente a Razão, em todas as épocas da Humanidade”.

O Talmud, livro sagrado dos judeus, é muito claro ao demonstrar a necessidade de homens e mulheres da Fé e da Razão serem humildes ao procurar e proclamar a Verdade: “O profeta orgulhoso perde as suas profecias; o sábio orgulhoso, a sua sabedoria”.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.

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ServiçoTesouros da Alma (Paiva Netto), 304 páginas. À venda nas principais livrarias.

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

ARTIGO


Reflexão de Boa Vontade

Saudar além dos irmãos
Paiva Netto

Há tempos observo-lhes que a miscigenação do mundo é inevitável. Da mesma forma, destaco que o Ecumenismo dos Corações é o bom futuro da humanidade.
As criaturas não sobrevivem adequadamente no isolamento. A confraternização geral é um legítimo anseio que ignora fronteiras e segue unindo, apesar dos pesares, etnias, filosofias, religiões, pátrias, enfim, seres espirituais e humanos. Em Sua passagem pela Terra, Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, testemunhou, a todo momento, que esse é o caminho. Uma de Suas Solidárias Lições ilustra bem isso: “Porque, se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os publicanos também assim? Se saudardes unicamente os vossos irmãos, que fazeis de mais? Não fazem os gentios também o mesmo?” (Evangelho, segundo Mateus, 5:46 e 47).
Com muita propriedade, ensinou o saudoso dr. Bezerra de Menezes (1831-1900), em Evangelho do Futuro, publicado como folhetim no periódico Reformador, de 1905 a 1911, sob o pseudônimo Max:
“O bem tem grande força de expansão! (...) Um povo que tem fé cria-se numa atmosfera moral em que bebe a força para o cumprimento de todos os deveres, a mais expansiva força das alegrias da Alma, desde a vida terrena”.
Busquemos, pois, a convivência planetária firmada no Amor Fraterno e no respeito mútuo, sem esquecer a mais elevada concepção de Justiça, que promana de Deus.

Identificando o preconceito
Nosso país, ainda que precise avançar muito, incentiva e trabalha pelo respeito às diferenças. Merecem, portanto, relevância iniciativas dedicadas a tão nobre finalidade.
A luta histórica de Zumbi dos Palmares (1655-1695) prossegue, alcançando crescente vitória nas consciências. O mundo se tornará mais feliz à medida que seus habitantes, sem exceção, receberem o devido apoio e usufruírem da liberdade seguramente adjetivada como responsável.
Um importante passo para que haja fraternidade mútua é o reconhecimento do preconceito, às vezes velado, que a maioria nem percebe que pratica.
Durante sua participação no programa Conexão Jesus — O Ecumenismo Divino, da Boa Vontade TV (Oi TV — Canal 212 — e Net Brasil/Claro TV — Canal 196), o professor doutor Kabengele Munanga, antropólogo do Centro de Estudos Africanos da Universidade de São Paulo (USP), comentou: “Como o próprio termo diz, preconceito é um julgamento preconcebido sobre os outros, os diferentes, sobre os quais não temos, na realidade, um bom conhecimento. O preconceito é um dado praticamente universal, porque todas as culturas o produzem. Não há uma sociedade que não se defina em relação às outras. E, nessa definição, nos colocamos numa situação, achando que somos o centro do mundo: a nossa cultura é a melhor, a nossa visão do mundo é a ideal, a nossa religião é a melhor. Assim, julgamos os outros de uma maneira negativa, preconcebida, sem um conhecimento objetivo. A matéria-prima do preconceito é a diferença”.
Aliás, em Reflexões da Alma (2003), reafirmei que racismo é obscenidade (assim como preconceitos sociais, religiosos, científicos ou de qualquer outra espécie). Vai solapando não somente os esforços da etnia negra, mas também dos brancos pobres, dos índios, dos imigrantes... É preciso erradicá-lo, pois em seu bojo surgem os mais tenebrosos tipos de perseguição, que vêm dificultando o estabelecimento da Paz no planeta.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.