domingo, 31 de julho de 2016

Artigo

Não se aposente da vida

Paiva Netto

Por ocasião do Dia dos Avós, comemorado em 26/7, recordei-me de minha saudosa vó Laura. Viveu nesta encarnação 99 anos, lúcida, ativa e juvenil. Veio a falecer — vejam vocês o dinamismo dela — alguns dias depois de voltar da feira, e por causa de um acidente quando retornava para casa. Com sua sabedoria, adquirida nos longos embates da vida, ensinava: “Aos que chegam, na sua existência, ao fundo do poço, só resta levantar a cabeça e começar a subir”. Sábias palavras.

Por sinal, em palestra que proferi sobre o que é ser jovem, veiculada pela Super RBV de Comunicação (rádio, TV e internet), destaquei esta máxima de Samuel Ullman (1840-1924), a qual muito aprecio: “A juventude não é um tempo de vida, é um estado de espírito”. Por isso, ao ouvir o incentivo que damos ao Jovem de Boa Vontade, o vovô ou a vovó jamais deve sentir-se excluído das nossas atividades. Eu mesmo, com muito gosto, já tenho mais de 70 anos. Há décadas venho dizendo: aposentar-se do trabalho não significa aposentar-se da vida. Ela continua sempre. Portanto, é um erro descartar grandes valores porque estão “em idade avançada”. Descobertas importantíssimas foram feitas por homens e mulheres quando ultrapassavam os 60 ou 70 anos. É preciso, pois, aliar ao patrimônio da experiência dos mais velhos a energia dadivosa dos mais moços.

Enquanto houver um sopro de vida, de alguma maneira poderemos ser úteis. Façamos continuamente o Bem.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 




Mensagem do Dia

Honestidade é um presente muito caro. Não espere isso de pessoas baratas. 
(Warren Buffett)

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Mensagem do dia

Sou maduro o bastante para perdoar, mas não sou idiota o suficiente para confiar novamente... 
(Will Smith)

quinta-feira, 28 de julho de 2016

ARTIGO

Aplacar a tempestade

Paiva Netto


Diante das mais variadas situações, em que a dor e o sofrimento chegam, muitas vezes sem avisar, é imprescindível o gesto solidário das criaturas em prestar socorro material e espiritual ao próximo. E, ao lado desse apoio imediato, é preciso alimentar a força da esperança e da Fé Realizante, que levam o ser humano a se manter sob a proteção do Pai Celestial e o estimulam a arregaçar as mangas e concretizar suas mais justas súplicas.
Nos desafios da existência, recordemos sempre a palavra de conforto e ânimo renovados de Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista, constante do Seu Evangelho, segundo Mateus, 8:23 a 27; Marcos, 4:35 a 41; e Lucas, 8:22 a 25. A seguir, o texto da Boa Nova unificado por Wantuil de Freitas:
“Aconteceu que, num daqueles dias, Jesus tomou uma barca, acompanhado pelos Seus discípulos; e eis que se levantou no mar tão grande tempestade de vento que as ondas cobriam a barca, enquanto Jesus dormia na popa, sobre um travesseiro. Os discípulos O acordaram aos brados, dizendo: ‘Salva-nos, Senhor, nós vamos morrer!’. E Jesus lhes respondeu: ‘Por que temeis, homens de pequena fé?’. Então, erguendo-se, repreendeu os ventos e o mar; e se fez grande bonança. Aterrados e cheios de admiração, os discípulos diziam uns aos outros: ‘Afinal, quem é Este, que até o vento e o mar Lhe obedecem?’”.

Enfrentar e vencer as tormentas
O que tem sido a vida humana, para muitos, a não ser o atravessar de procelas, que devemos vencer, não fugindo delas? Vejamos o exemplo na própria náutica. Quando há uma tempestade com vagalhões, o comandante embica a proa do navio na direção das vagas, se ele, surpreendido pela tormenta, não pôde fugir dela. Não vira para o lado, não dá às vagas os seus costados. Senão, o barco corre o grave risco de adernar e até submergir. Assim cada um de nós tem de ser. Enfrentar as tormentas do cotidiano com o potente navio que o Excelso Navegador nos oferece, que é o nosso corpo, conduzido pelo Espírito, mesmo quando enfermo. Encarar a tempestade e vencê-la, derrubadas as ilusões da vida. Porque aí é possível sonhar com um mundo melhor. Iludirmo-nos é que não podemos. E, quando o temporal estiver mais forte, a ponto de pensarmos que soçobraremos — ou, o que é pior, acharmos que o Comandante Celeste está distraído, descansando —, tenhamos a certeza de que o Divino Timoneiro não dorme. Jesus sempre se encontra alerta, pronto a orientar a Sua tripulação, indicando-lhe novas viagens pelo planeta inteiro, esperando que mostre a sua capacidade e perseverança.
“Por que temeis, homens de pequena fé?”
Assimilemos o quanto antes essa repreensão justa de nosso Mestre, pois, de qualquer forma, na hora certa, Ele vai erguer-se, repreender os ventos e o mar, e far-se-á Paz nos corações.
Tudo neste mundo pode ficar fora do controle dos homens, mas nada escapa ao comando de Deus. Portanto, quanto mais perto Dele, mais longe dos problemas.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

sexta-feira, 22 de julho de 2016

Mensagem do Dia

A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios. Por isso, cante, chore, dance, ria e viva intensamente, antes que a cortina se feche e a peça termine sem aplausos.
(Chaplin)

segunda-feira, 18 de julho de 2016

lbv



ARTIGO

Gandhi: o capital em si não é mau

Paiva Netto


Ensinou Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista: “Bem-aventurados os pacientes porque eles herdarão a Terra” (Sermão da Montanha, segundo Mateus, 5:5). Em outubro de 1991, ao ler e concomitantemente analisar o Manifesto da Boa Vontade, que lancei por ocasião da Pedra Fundamental do ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF, declarei que — faltava ao Brasil um poderoso mercado interno e um complexo industrial, tecnologicamente atualizado, que de forma plena satisfizesse a sua demanda nacional sem prejuízo da exportação. Lembro-me ainda das aulas de História no Colégio Pedro II, com o saudoso professor Newton Gonçalves de Barros, que tanto amou o nosso torrão natal. Muitos imaginaram, naquela época romântica, que, no governo Juscelino Kubitschek (1956 a 1961) e nos logo a seguir, o mercado interno brasileiro tomaria poderio semelhante ao dos países mais ricos, a exemplo dos Estados Unidos.
(Hoje vemos isso em pujante desenvolvimento no Brasil. E os graves problemas que estão desestabilizando o mercado internacional são resultantes dos maus gestores, entre outras coisas.)
Mahatma Gandhi (1869-1948), numa frase lapidar, retratou a realidade: “O capital em si não é mau; o uso incorreto dele é que é ruim”.

Economia: a mais espiritual das ciências
E para bem entendermos esse conceito do sábio ativista indiano, necessário é que compreendamos, para surpresa de alguns, que a Economia é essencialmente espiritual, posto que, de fato, é no “Outro Lado da Vida” que se encontra a sua verdadeira origem. Essa foi a defesa que fiz na entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, no Segundo Caderno, em 7 de novembro de 1982, na seção Exterior, quando tratávamos de nossa presença na ONU:
(...) Economia também tem de ser vista sob o aspecto religioso da solidariedade, que garanta a todos o acesso aos bens de produção: a Economia é a mais espiritual, no sentido mais amplo, das ciências (ou arte). E aqui estou falando de religião, com todas as letras maiúsculas, e não dos casos patológicos catalogados como tal no passar da História. Ela é algo supinamente elevado, que nada tem a ver com os conflitos produzidos pelos homens. Jesus é o maior economista do planeta Terra, visto que possui todos os talentos de Deus para semear entre os seres humanos, em consonância com o merecimento pessoal. É Ele quem diz — “a cada um de acordo com as suas obras” (Evangelho, conforme Mateus, 16:27). E isso faz parte da Estratégia da Sobrevivência, que há vários anos defendo. (...)

Muito além do mercado 
E observem que o Gandhi não pensava e agia apenas à maneira de um religioso, todavia como um bom político.
Com aquela afirmativa à Folha, procurei demonstrar que, acima do mercado, existe um requisito anterior a ele, que há de subsistir eternamente. Trata-se do Espírito eterno do ser humano que, evoluído e valorizado como o Capital de Deus, torna-se o fulcro de estabilidade da Economia, porque se contrapõe à ganância e à impunidade. Desse modo, não poderá, sem más consequências, ser vítima de ceticismos ou fanatismos, pois o Divino Dono do capital chamado Espírito virá, por processos que a maioria ainda não deduz, cobrar dos seus reducionistas ou detratores os desvios. A Economia é a mais espiritual das ciências (ou arte), porquanto enfeixa o ordenamento dos bens imprescindíveis à sobrevivência dos cidadãos e à melhoria da qualidade de vida. Abordar, com apurado senso, este assunto é uma incumbência natural dos religiosos e mesmo dos descrentes em relação à existência da Divindade, mas que trazem dentro de si o respeito à nobreza do semelhante. Sem espírito solidário não haverá civilização sobrevivente (...).
Urge um grande serviço ecumênico de reeducação, pois não há regime bom enquanto o homem for mau (desculpem o cacófato). Ecumenismo, quer dizer, universalismo, como o inferimos, é Educação aberta à Paz.

Era superglobalizante e perigo
Em Apocalipse sem Medo (1999), no capítulo “Extratos de O Capital de Deus”, considerei que sempre existirá a necessidade de trabalho, como haverão de entender os corifeus desta era superglobalizante. Contudo, é indispensável que possuam preocupações sociais efetivas com as massas indigentes das nações pouco desenvolvidas e/ou em guerra. Um dia, a casa pode cair. Mesmo! 
Benjamin Franklin (1706-1790) apropriadamente apontou que “só sabemos o valor da água quando o poço seca”. Touché!

Sem limitações
Não há limites para a solidária expansão do Capital de Deus: o Espírito Eterno do ser humano.
No porvir, esta divina verdade tornar-se-á uma certeza irrefragável para a consciência humana: finalmente compreender que o Espírito imortal é o moto-perpétuo de todo o progresso sem poluições e também o inderrotável advogado de defesa da paz desarmada.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


sexta-feira, 15 de julho de 2016

quarta-feira, 13 de julho de 2016

lbv


ARTIGO

O suicídio não resolve ...

 

Paiva Netto


Ensinava Alziro Zarur (1914-1979): “O suicídio não resolve as angústias de ninguém”. Estava com a razão o autor de Poemas da Era Atômica.
Matar-se abala, por largo tempo, a existência do Espírito, pois ofende a Lei Divina, que é Amor, mas também Justiça.
Quando a dor apertar, por favor, lembre-se desta página de André Luiz, na psicografia do venerando Francisco Cândido Xavier (1910-2002):

Mais um pouco*
"Quando estiveres à beira da explosão na cólera, cala-te mais um pouco e o silêncio te poupará enormes desgostos.
"Quando fores tentado a colaborar na maledicência, guarda os princípios do respeito e da fraternidade mais um pouco e a benevolência te livrará de muitas complicações.
"Quando o desânimo impuser a paralisação de tuas forças na tarefa a que foste chamado, prossegue agindo no dever que te cabe, exercitando a resistência mais um pouco e a obra realizada ser-te-á gloriosa bênção de luz.
"Quando a revolta espicaçar-te o coração, usa a humildade e o bom entendimento mais um pouco e não sofrerás o remorso de haver ferido corações que devemos proteger e considerar.
"Quando a lição oferecer dificuldade à tua mente, compelindo-te à desistência do progresso individual, aplica-te ao problema ou ao ensinamento mais um pouco e a solução será divina resposta à tua expectativa.
"Quando a ideia de repouso sugerir o adiamento da obra que te cabe fazer, persiste com a disciplina mais um pouco e o dever bem cumprido ser-te-á coroa santificante.
"Quando o trabalho te parecer monótono e inexpressivo, guarda fidelidade aos compromissos assumidos mais um pouco e o estímulo voltará ao teu campo de ação.
"Quando a enfermidade do corpo trouxer pensamentos de inatividade, procurando imobilizar-te os braços e o coração, persevera com Jesus mais um pouco e prossegue ajudando a todos, agindo e servindo como puderes, porque o Divino Médico jamais nos recebe as rogativas em vão.
"Em qualquer dificuldade ou impedimento, não te esqueças de usar um pouco de paciência, amor, renunciação e Boa Vontade, a favor de teu próprio bem-estar.
"O segredo da vitória, em todos os setores da vida, permanece na arte de aprender, imaginar, esperar e fazer mais um pouco".
O Salmo 31:24 da Bíblia Sagrada adverte fraternalmente: “Tende coragem, e Ele fortalecerá o coração de todos vós que esperais no Senhor”.
O Rabino Henry Sobel pondera: “Não somos donos da Vida, mas apenas os guardiões dela”.
Honremos, pois, o extraordinário dom que Deus nos concedeu, que é a Vida, e Ele sempre virá em nosso socorro pelos mais inimagináveis e eficientes processos.
Substancial é que saibamos humildemente entender os Seus recados e os apliquemos com a Boa Vontade e a eficácia que Ele espera de nós.
A permanente sintonia com o Poder Divino só nos pode adestrar o Espírito, para que tenha condições de sobreviver à dor, mesmo que em plena conflagração dos destemperos humanos.
Do livro Billy Graham responde, emerge esta elucidação do respeitado pastor norte-americano: “A vida nos foi concedida por Deus e só Ele tem o direito de tirá-la. Além disso, até mesmo no meio das circunstâncias mais difíceis, Deus está conosco. (...) Devo enfatizar o fato de o suicídio ser um erro, não fazendo parte do plano de Deus”.
Na Quarta Surata do Alcorão Sagrado, encontramos este conforto numa admoestação do Profeta Muhammad: “29. Ó crentes, não defraudeis reciprocamente os vossos bens por vaidade, realizai comércio de mútuo consentimento e não pratiqueis suicídio, porque Deus é misericordioso para convosco”.
Santa Teresa d’Ávila (1515-1582), a grande mística da Espanha, incentiva-nos à perseverança:
“Que nada te perturbe, nada te amedronte.
“Tudo passa. Só Deus nunca muda.
“A paciência tudo alcança. A quem tem Deus, nada falta.
“Só Deus basta”.
A continuação da existência após a morte jamais poderá ser justificativa para o suicídio. Todos continuamos vivos.
Acertadamente escreveu Napoleão Bonaparte (1769-1821), quando lamentou essa inditosa escolha, que infelicita o Espírito de quem se deixa seduzir por ela, porque a chegada ao Outro Mundo daquele que destrói o seu próprio corpo é um grande tormento, porquanto não há morte após a morte: “Tão corajoso é aquele que sofre valentemente as dores da Alma como o que se mantém firme diante da metralha de uma bateria. Entregar-se à dor sem resistir, matar-se e eximir-se à mesma dor é abandonar o campo de batalha antes de ter vencido”.
(Apesar de Napoleão I ter pensado em suicídio durante sua atribulada carreira militar e política, não o praticou. Daí a importância do seu pensamento.)
Finalmente, confiantes, sigamos o caminho apontado pelo Senhor no livro Deuteronômio, 30:19: “Como podes ver, coloquei hoje diante de ti a Vida e o Bem, a morte e o mal... portanto, escolhe a Vida, para que vivas tu e a tua semente”.
Meus Amigos e Irmãos em Humanidade, a grande fortuna é sabermos que Viver é melhor!

__________________
* “Mais um pouco” – Antologia da Boa Vontade, 1955.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.

paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 

terça-feira, 12 de julho de 2016

Mensagem do dia

Da vida não quero muito. Quero apenas saber que tentei tudo o que quis, tive tudo o que pude, amei tudo o que valia e perdi apenas o que, no fundo, nunca foi meu.

quinta-feira, 7 de julho de 2016

Artigo

Gandhi: o capital em si não é mau

Paiva Netto


Ensinou Jesus, o Cristo Ecumênico, o Divino Estadista: “Bem-aventurados os pacientes porque eles herdarão a Terra” (Sermão da Montanha, segundo Mateus, 5:5). Em outubro de 1991, ao ler e concomitantemente analisar o Manifesto da Boa Vontade, que lancei por ocasião da Pedra Fundamental do ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF, declarei que — faltava ao Brasil um poderoso mercado interno e um complexo industrial, tecnologicamente atualizado, que de forma plena satisfizesse a sua demanda nacional sem prejuízo da exportação. Lembro-me ainda das aulas de História no Colégio Pedro II, com o saudoso professor Newton Gonçalves de Barros, que tanto amou o nosso torrão natal. Muitos imaginaram, naquela época romântica, que, no governo Juscelino Kubitschek (1956 a 1961) e nos logo a seguir, o mercado interno brasileiro tomaria poderio semelhante ao dos países mais ricos, a exemplo dos Estados Unidos.
(Hoje vemos isso em pujante desenvolvimento no Brasil. E os graves problemas que estão desestabilizando o mercado internacional são resultantes dos maus gestores, entre outras coisas.)
Mahatma Gandhi (1869-1948), numa frase lapidar, retratou a realidade: “O capital em si não é mau; o uso incorreto dele é que é ruim”.

Economia: a mais espiritual das ciências
E para bem entendermos esse conceito do sábio ativista indiano, necessário é que compreendamos, para surpresa de alguns, que a Economia é essencialmente espiritual, posto que, de fato, é no “Outro Lado da Vida” que se encontra a sua verdadeira origem. Essa foi a defesa que fiz na entrevista publicada pela Folha de S.Paulo, no Segundo Caderno, em 7 de novembro de 1982, na seção Exterior, quando tratávamos de nossa presença na ONU:
(...) Economia também tem de ser vista sob o aspecto religioso da solidariedade, que garanta a todos o acesso aos bens de produção: a Economia é a mais espiritual, no sentido mais amplo, das ciências (ou arte). E aqui estou falando de religião, com todas as letras maiúsculas, e não dos casos patológicos catalogados como tal no passar da História. Ela é algo supinamente elevado, que nada tem a ver com os conflitos produzidos pelos homens. Jesus é o maior economista do planeta Terra, visto que possui todos os talentos de Deus para semear entre os seres humanos, em consonância com o merecimento pessoal. É Ele quem diz — “a cada um de acordo com as suas obras” (Evangelho, conforme Mateus, 16:27). E isso faz parte da Estratégia da Sobrevivência, que há vários anos defendo. (...)

Muito além do mercado 
E observem que o Gandhi não pensava e agia apenas à maneira de um religioso, todavia como um bom político.
Com aquela afirmativa à Folha, procurei demonstrar que, acima do mercado, existe um requisito anterior a ele, que há de subsistir eternamente. Trata-se do Espírito eterno do ser humano que, evoluído e valorizado como o Capital de Deus, torna-se o fulcro de estabilidade da Economia, porque se contrapõe à ganância e à impunidade. Desse modo, não poderá, sem más consequências, ser vítima de ceticismos ou fanatismos, pois o Divino Dono do capital chamado Espírito virá, por processos que a maioria ainda não deduz, cobrar dos seus reducionistas ou detratores os desvios. A Economia é a mais espiritual das ciências (ou arte), porquanto enfeixa o ordenamento dos bens imprescindíveis à sobrevivência dos cidadãos e à melhoria da qualidade de vida. Abordar, com apurado senso, este assunto é uma incumbência natural dos religiosos e mesmo dos descrentes em relação à existência da Divindade, mas que trazem dentro de si o respeito à nobreza do semelhante. Sem espírito solidário não haverá civilização sobrevivente (...).
Urge um grande serviço ecumênico de reeducação, pois não há regime bom enquanto o homem for mau (desculpem o cacófato). Ecumenismo, quer dizer, universalismo, como o inferimos, é Educação aberta à Paz.

Era superglobalizante e perigo
Em Apocalipse sem Medo (1999), no capítulo “Extratos de O Capital de Deus”, considerei que sempre existirá a necessidade de trabalho, como haverão de entender os corifeus desta era superglobalizante. Contudo, é indispensável que possuam preocupações sociais efetivas com as massas indigentes das nações pouco desenvolvidas e/ou em guerra. Um dia, a casa pode cair. Mesmo! 
Benjamin Franklin (1706-1790) apropriadamente apontou que “só sabemos o valor da água quando o poço seca”. Touché!

Sem limitações
Não há limites para a solidária expansão do Capital de Deus: o Espírito Eterno do ser humano.
No porvir, esta divina verdade tornar-se-á uma certeza irrefragável para a consciência humana: finalmente compreender que o Espírito imortal é o moto-perpétuo de todo o progresso sem poluições e também o inderrotável advogado de defesa da paz desarmada.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


Mensagem do Dia

Cada cicatriz que temos é a confirmação de que uma ferida sara. Cicatrizes são marcas de superação que só um verdadeiro guerreiro possui.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Mensagem do dia

Cada escolha, uma oportunidade.
Cada queda, um aprendizado.
Cada atitude, uma consequência.

ARTIGO

Depressão infantil

 

Paiva Netto


Levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) demonstra que, em todo o planeta, 20% das crianças e dos adolescentes apresentam sintomas de depressão, como irritabilidade ou apatia e desânimo. Os dados referentes ao Brasil sugerem que esse tipo de distúrbio se faz presente entre 8% e 12% da população infantojuvenil.
É um número preocupante. Saber lidar com essa problemática, que jamais esteve restrita a adultos e idosos, é providência urgente para pais e educadores.
O programa Educação em Debate, da Boa Vontade TV (Oi TV — Canal 212 — e Net Brasil/Claro TV — Canal 196), que discute os principais assuntos da educação pela ótica da Espiritualidade Ecumênica, entrevistou o dr. Gustavo Lima, psiquiatra da Infância e da Adolescência, que nos aponta algumas causas da depressão nas fases iniciais da vida e como notá-las: “Primeira coisa — uma investigação clínica pormenorizada. Segunda coisa — é muito importante lembrar que os transtornos afetivos na infância e na adolescência são de causa multifatorial, ou seja, diversos fatores podem causar a depressão: genéticos, ambientais, entre outros. Entretanto, na nossa prática clínica, o que aumenta muito a chance de uma criança ficar deprimida são os ambientes familiar e escolar desfavoráveis".

 

Diferença comportamental

O que dificulta, de certa maneira, pais e educadores perceberem que o filho ou o educando está deprimido é o comportamento dessa patologia entre as faixas etárias: “Diferentemente dos adultos, as crianças não ficam deprimidas o tempo inteiro. Às vezes, os pais deixam de levar o filho para uma avaliação porque em algum momento do dia ele se divertiu. E isso não significa que não esteja deprimido”, esclareceu o especialista.
E alertou ainda: “É preciso, também, muito cuidado com os sintomas de ideação de morte, quando vêm à mente ideias suicidas. Quando você está diante de uma criança deprimida com esses sintomas, é muito importante uma avaliação médica e um tratamento com psicólogo. Em alguns casos, dependendo da gravidade, recorrer a tratamento farmacológico”.

 

Prevenção

Para o dr. Gustavo Lima — que é membro do Programa de Atendimento a Transtornos Afetivos do Serviço de Psiquiatria da Infância e Adolescência, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP — existem algumas atitudes que podem ajudar a prevenir a depressão nas crianças: “Além de um acompanhamento pediátrico, cuidar das horas de sono e da alimentação, um ambiente familiar estruturado é fundamental. Outra coisa importante é uma escola que favoreça o desenvolvimento da criança, que consiga identificar as reais potencialidades dela. Então, saúde, bem-estar, ambientes familiar e escolar favoráveis, prestar atenção também em questões genéticas contribuem, e muito, para se prevenir a depressão infantil”.
Atentemos, pois, às elucidativas recomendações do dr. Gustavo Lima. E não descuidemos de proporcionar aos pequenos e aos jovens um espaço sadio, enriquecido por uma Espiritualidade Ecumênica orientada pelos melhores princípios éticos. Desde cedo, devemos ter consciência de que a prece, a meditação, a confiança em Deus ou nas forças da Natureza são eficientes recursos ao equilíbrio bio-psíquico-espiritual.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com 


sexta-feira, 1 de julho de 2016

lbv





Mensagem do dia

É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração.
 
(Fernando Pessoa)