quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Ajude


Para a LBV, educar alimenta o futuro!
Iniciativa beneficia crianças e adolescentes de famílias de baixa renda

Com o tema “Proteger a infância é acreditar no futuro”, a Legião da Boa Vontade (LBV), iniciou, sua Campanha Criança Nota 10. A iniciativa contribui para a manutenção dos programas socioassistenciais da LBV em todo o Brasil e visa mobilizar a sociedade e os meios de comunicação em prol do incentivo ao protagonismo infantojuvenil, da proteção dos direitos de crianças e adolescentes de famílias em situação de vulnerabilidade social e ao combate à exploração e ao trabalho infantil.

Os beneficiados são os estudantes das unidades educacionais da Legião da Boa Vontade em Belém/PA, Curitiba/PR, Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP e Taguatinga/DF, além das crianças e adolescentes de 6 a 17 anos que participam dos programas Criança: Futuro no Presente! e Jovem: Futuro no Presente!, promovidos nos Centros Comunitários de Assistência Social da Instituição, localizados em dezenas de cidades brasileiras. A campanha também favorece os participantes da EJA — Educação de Jovens e Adultos (São Paulo/SP) — e do Projeto de Apoio a Ex-alunos, na cidade de Curitiba/PR e beneficia ainda, estudantes atendidos por organizações parceiras da LBV.


A campanha entregará nos meses de janeiro e fevereiro 16 mil kits de material pedagógico e escolar, além de 30 mil conjuntos de uniformes. A ajuda serve de motivação para as crianças e adolescentes prosseguirem com os estudos, além de representar um importante apoio aos pais que não têm recursos para adquirir o material escolar. Os kits são compostos de acordo com a faixa etária dos estudantes. Entre os diversos itens, há estojo, lápis preto e de cor, canetas, apontador, borrachas, tesoura, tubos de cola, tinta guache, cadernos, mochila, régua, dicionário da língua portuguesa (com a nova ortografia) e de inglês.


Para saber mais sobre a LBV, acesse o site www.lbv.org ou ligue para 0800 055 50 99.


terça-feira, 27 de janeiro de 2015

ARTIGO

Ciência, História e Espiritualidade
Paiva Netto

A revista científica “Explore”, editada em Amsterdã, na Holanda, divulgou importante trabalho do Núcleo de Pesquisas em Espiritualidade e Saúde da Universidade Federal de Juiz de Fora/MG (NUPES-UFJF) em parceria com o Departamento de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP).
Trata-se da análise de treze cartas psicografadas pelo médium Chico Xavier (1910-2002) atribuídas a Jair Presente, autor espiritual que falecera em 1974. O conteúdo delas, seguindo os devidos critérios de avaliação, foi considerado autêntico.
O estudo foi assinado pelos doutores Alexandre Caroli Rocha, Denise Paraná, Elizabeth Schmitt Freire, Francisco Lotufo Neto, sob a orientação do psiquiatra Alexander Moreira-Almeida, diretor do NUPES-UFJF.
O site www.explorejournal.com/article/S1550-8307(14)00108-6/abstract disponibiliza ao internauta resumo desse interessante artigo, extraído da edição de setembro-outubro/2014.
Esses fatos me fazem recordar trecho da entrevista que concedi, em 2000, ao jornalista Alcione Giacomitti, publicada por ele no livro “Os Pilares da Sabedoria de um Novo Mundo”:
Afirmei, na década de 1980: a Ciência, iluminada pelo Amor, eleva o homem à conquista da Verdade. A posição filosófica adotada pela Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo ante os desafios do conhecimento universal obedece ao bom senso: a questão não é acreditar ou deixar de crer, mas, sim, saber se determinado fato constitui ou não uma verdade absoluta. E cabe, evidentemente, à Ciência a sua devida comprovação. Por sinal, costumo dizer que o que a Religião intui a Ciência um dia comprovará em laboratório. (...) A ciência convencional terá (sempre) de ser reapreciada para absorver os muitos dados novos coligidos pela chamada ciência de ponta. Entretanto, precisará incluir também nas novidades o reconhecimento do Mundo Espiritual, não como resultado de químicas cerebrais que excitariam a mente humana na região do ilusório, pois essa conclusão é muito cômoda. Deverá fazê-lo como realidade pluridimensional, em que existe o prolongamento da vida consciente e ativa do Ser, nas esferas ainda invisíveis ao sentido visório. (...)
Chegaremos lá.
A espiritualidade, em suas mais diversas formas de manifestação, é marcante na história do Brasil. Melhor, nenhum país no planeta está isento dessa decisiva influência. Tenho-lhes afirmado que o espírito de religiosidade, outro nome que igualmente identifica a espiritualidade, nasce com o ser humano. E o seu desenvolvimento na prática do Bem é roteiro acertado.
Esse tema, ainda que alguns não queiram lhe dar o justo crédito, está sempre na pauta de atividade dos estudiosos, dos pesquisadores, dos historiadores, dos religiosos e dos cientistas de vanguarda.
Há pouco tempo, a renomada historiadora brasileira Mary del Priore lançou “Do outro lado”, em que procura descrever a maneira com que nossos antepassados lidavam com o mundo dos Espíritos. Segundo a sinopse da obra, “é uma narrativa instigante sobre um assunto que chama a atenção tanto daqueles que creem em tudo quanto daqueles que não creem em nada, mas que desejam acima de tudo conhecer cada vez mais um pouco da história de nosso país”.
Meu particular agradecimento à competente autora pela fraterna dedicatória que me enviou: “Ao caríssimo Paiva Netto, com admiração e o abraço de Mary”.
 
José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Artigo

Legião da Boa Vontade e a Ideologia do Bom Samaritano


Paiva Netto

Falando a uma simpática plateia, no ano de 1991, em Portugal, revelei-lhe que, ainda na minha meninice, a primeira noticia pela qual tive conhecimento da Bíblia Sagrada, em particular a Boa Nova de Jesus, veio por intermédio de meu saudoso pai, Bruno Simões de Paiva (1911-2000). Ele me falou sobre uma comovente história contada ao povo pelo Cristo de Deus: a Parábola do Bom Samaritano. E a leu para mim. A passagem se encontra no Evangelho, segundo Lucas, 10: 30 a 37. Disse Jesus:
“Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu nas mãos de salteadores, os quais o despojaram e, espancando-o, retiraram-se, deixando-o semimorto. Descia pelo mesmo caminho certo sacerdote; e, vendo-o, passou de largo. E de igual modo um levita chegando àquele lugar, e, avistando o pobre homem, passou também de largo. Mas um samaritano, que ia de viagem, chegou ao pé dele e, fitando-o, tomou-se de infinita compaixão; e, aproximando-se, atou-lhe as feridas, aplicando-lhes azeite e vinho; e pondo-o sobre um animal de sua propriedade, levou-o para uma estalagem e cuidou dele. No outro dia, partindo, tirou dois denários (antiga moeda romana), e deu-os ao dono da hospedaria e lhe disse: Cuida bem deste ferido, e tudo o que de mais gastares, eu te pagarei quando aqui voltar. Qual, pois, destes três — perguntou Jesus ao homem da lei — te parece que foi o próximo daquele que caiu nas mãos dos salteadores? Ao que o doutor da lei lhe respondeu: Claramente o que usou de misericórdia para com ele. Disse-lhe, então, calmamente Jesus: ‘Vai, pois, e faze da mesma forma’”.
Ao reler a Parábola, medito, profundamente tocado em minha Alma, sobre mais esta bela lição do Cristo Ecumênico, portanto, universal, o Divino Estadista, Aquele que se dispõe a socorrer a qualquer necessitado em suas agruras, e que me despertou para o valor da Solidariedade, e me fez disposto, de todo o coração, ainda adolescente, a participar dessa divina empreitada (Legião da Boa Vontade) sem jamais dela desertar. Afinal, aprendemos com Jesus a persistir até o fim: “Na vossa perseverança, salvareis as vossas almas” (Evangelho de Jesus, segundo Lucas, 21:19).
Aliás, para os de Boa Vontade, ser tenaz no Caminho do Senhor deve desenrolar-se além do chamado fim humano, porque a Vida continua, pois os mortos não morrem. Nem os Irmãos ateus, entre os quais se encontram criaturas de esmerada generosidade.

Agradecimento
Meus sinceros agradecimentos a todos os que têm colaborado pelo sucesso da LBV: os seus voluntários e contribuintes. Nosso muito obrigado, também, às autoridades, religiosos, ateus, artistas, à mídia. Enfim, a todas as criaturas de Boa Vontade que nos ajudam. Aos mantenedores do Clube Cultura de Paz, meu incentivo.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.

terça-feira, 13 de janeiro de 2015

artigo

Paiva Netto

A mídia está repleta das tristezas que se deram a partir de 7 de janeiro corrente, na França. Milhões e milhões de almas se comovem, nos lares e nas ruas! Muitas são as tentativas de caminhos novos que aplaquem todas essas dores.
Relendo o meu livro “Jesus, a Dor e a origem de Sua Autoridade”, lançado em 8 de novembro de 2014, achei alguns modestos apontamentos, os quais gostaria de apresentar a vocês, que me honram com a leitura.
Por infelicidade, os povos ainda não regularam suas lentes para enxergar que a verdadeira harmonia começa no íntimo esclarecido de cada criatura, pelo conhecimento espiritual, pela generosidade e pela justiça. Consoante costumo afirmar, e outras vezes comentarei, eles geram fartura. A tranquilidade que o Pai Celeste — visto, de lado a lado, sem extremismos e reconhecido como inspirador da Fraternidade Ecumênica — tem a oferecer, em nada se assemelha às frustradas tratativas e ineficazes acordos registrados no mundo. O engenheiro e abolicionista brasileiro André Rebouças (1838-1898) traduziu em metáfora a inércia das perspectivas exclusivamente humanas:
— “(...) A paz armada está para a guerra como as moléstias crônicas para as moléstias agudas; como uma febre renitente para um tifo. Todas essas moléstias aniquilam e matam as nações; é só uma questão de tempo”.
Vivenciar a Paz desarmada, a partir da fraternal instrução de todas as nações, é medida inadiável para a sobrevivência dos povos. Mas, para isso, é preciso, primeiro, desarmar os corações, conservando o bom senso, conforme destaquei aos jovens de todas as idades que me ouviam em Jundiaí/SP, Brasil, em setembro de 1983 (...).
No dia em que o indivíduo, reeducado sabiamente, não tiver mais ódio bastante para disparar artefatos mortíferos, mentais e físicos, estes perderão todo o seu terrível significado, toda a sua má razão de ser. E não mais serão produzidos.
É necessário cessar os rancores que insistem em escurecer os corações humanos: desarmar, com uma força maior que o ódio, a ira que dispara as armas. E essa energia poderosa é o Amor — não o ainda incipiente amor dos homens —, mas o Amor de Deus, de que todos nós nos precisamos alimentar. Temos, nas nossas mãos, a mais potente ferramenta do mundo. Essa, sim, é que vai arruinar com todos os tipos de guerras, que, de início, nascem na Alma, quando enferma, do ser vivente. Os povos discutem o problema da violência no rádio, na televisão, na imprensa ou na internet e ficam cada vez mais perplexos por não descobrir a solução para erradicá-la, apesar de tantas e brilhantes teses. Em geral, procuram-na longe e por caminhos intrincados. Ela, porém, não se encontra distante; está pertinho, dentro de nós: Deus!
— “(...) o Reino de Deus está dentro de vós”. Jesus (Lucas, 17:21).
E devemos sempre repetir que o Pai Celestial é Amor! Não o amor banalizado, mas a Força que move os Universos. Lamentavelmente, a maioria esmagadora dos chamados poderosos da Terra ainda não acredita bem nesse fato e tenta em vão desqualificá-lo. Entretanto, “o próximo e último Armagedom mudará a mentalidade das nações e dos seus governantes”, afiançava Alziro Zarur (1914-1979).

Sobrepujar os obstáculos
Zarur dizia, “na verdade, quem ama a Deus ama ao próximo, seja qual for sua religião, ou irreligião”.
Para encerramento deste pequeno artigo, recordo uma meditação minha que coloquei no livro “Reflexões da Alma” (2003): O coração torna-se mais propenso a ouvir quando o Amor é o fundamento do diálogo.

José de Paiva Netto — Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.brwww.boavontade.com