segunda-feira, 22 de junho de 2015
sexta-feira, 19 de junho de 2015
ARTIGO
Erradicar o trabalho infantil
Paiva
Netto
Volto
ao assunto nesta coluna com o objetivo de contribuir para a erradicação desse
preocupante quadro social. É preciso maior discernimento de todos nós dos
malefícios que o trabalho infantil traz às novas gerações. As mulheres — que,
por sinal, comemoram o seu dia em 8 de março, detentoras do sublime dom da
maternidade — compreendem bem essa proteção especial que a sociedade deve às
crianças.
Para a
procuradora de Justiça dra. Maria José
Pereira do Vale, o primeiro passo para o sucesso dessa empreitada é
modificar a cultura que acha benéfico para os pequeninos o trabalho na fase
infantojuvenil.
Conscientização
familiar
Coordenadora
colegiada do Fórum Paulista de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil, a
dra. Maria José, ao participar do programa Sociedade
Solidária, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), apresentou providencial
campanha que vem ocorrendo entre organizações da sociedade civil e o poder
público, cujo slogan esclarece: “Criança que estuda pode
escolher o seu futuro. A que trabalha não”.
Defendeu
a procuradora: “Essa mudança de cultura
que dá prevalência ao estudo requer uma conscientização dos pais. Eles têm de
estar muito cientes de que o estudo é fundamental na vida dos filhos, que nessa
fase têm de se ocupar com a escola, com as atividades e brincar. Brincar é um
direito que está no nosso ordenamento jurídico, e a brincadeira influi, e
muito, no crescimento da criança e estimula a criatividade. É muito importante
também para a fase adulta”.
O que é
trabalho infantil?
Quanto
aos adolescentes, de acordo com a legislação trabalhista, a dra. Maria José
enfatizou que “eles podem trabalhar a
partir dos 16 anos. Essa é a idade permitida por lei com registro em carteira,
desde que não seja em hora extra, turno noturno e atividades que comprometam o
desenvolvimento da sua moralidade”.
Existem,
porém, casos em que o indivíduo ingressa no mercado de trabalho a partir dos 14
anos. A procuradora explicou: “Trata-se
de um contrato de aprendizagem. Além do registro em carteira, ele propicia ao
adolescente o estudo de uma ocupação, que o tornará, em dois anos, um
profissional na área em que atua”.
Conforme
ela ressaltou, nosso país é signatário da Convenção Internacional 182, da
Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe as formas mais graves
de trabalho infantil, entre as quais a exploração sexual e o trabalho nos
lixões e no meio de substâncias entorpecentes. As penas para esses crimes são
severas.
Você
sabe que, em pleno terceiro milênio, o Brasil ainda possui 3,1 milhões de
crianças envolvidas com o trabalho infantil? Os dados constam de pesquisa do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2013.
Se
presenciar a exploração de crianças e adolescentes, ligue — de qualquer parte
do território nacional — para o Disque-denúncia da Procuradoria Regional do
Trabalho da 2ª Região: 0800 11 1616.
Grato,
dra. Maria José, pelas elucidativas informações. Na Legião da Boa Vontade, há
décadas, oferecemos o programa Criança:
Futuro no Presente!, que atua no contraturno escolar. Colabora para o
protagonismo de crianças de 6 a 12 anos em situação de vulnerabilidade social,
considerando a história de vida e as singularidades delas. É uma ação que
proporciona reforço didático, desperta, pelo lúdico, competências e
habilidades, promove os valores éticos, ecumênicos e espirituais e integra a
família.
José de Paiva
Netto, jornalista, radialista e escritor.
terça-feira, 16 de junho de 2015
quarta-feira, 10 de junho de 2015
ARTIGO
Paiva Netto
Primeiro de junho de 1989 marca a colocação do cristal
sagrado no pináculo do Templo da Boa Vontade, uma das sete maravilhas de
Brasília/DF, poucos meses antes da inauguração, em 21 de outubro. A ideia de
uma pedra no ápice do monumento constava desde os planos iniciais. Traria a luz
do sol para o interior da Pirâmide de Sete Faces, elevando o ambiente e
permitindo, como tantos afirmam, a cromoterapia. Os dias passavam velozes e
nada de aparecer o mineral na proporção correspondente ao lugar a ele
destinado.
Desígnio divino
Como resolver esse impasse? O desígnio divino tinha a
solução para a difícil empreitada. Em 16 de março daquele ano, ao voltar de
Brasília, onde estive acompanhando as obras do Templo da Paz, assisti a uma
reportagem de um telejornal.
Foi assim: encontrava-me no meu gabinete de trabalho em
São Paulo. Era alta noite. Ligo o aparelho na antiga TV Manchete. O noticiário
já estava pela metade. O que aconteceu? Vi o minério rapidamente e o pessoal
dizendo que era o maior cristal puro no mundo. No mesmo instante, telefonei
para o estimado Haroldo Rocha,
responsável, na época, pela LBV na capital da República, e disse-lhe: —
“Haroldo, acabei de ver isso na TV Manchete. Vá buscar essa pedra, por favor.
Se não a trouxer (aí dei uma boa gargalhada), não precisa nem voltar. Retorne,
mas a traga, porque é o que procuramos”. Na manhã seguinte, matérias a respeito
do assunto pululavam na mídia.
Haroldo, então, se dirigiu a Cristalina/GO. Passou o dia
inteiro lá. Havia muitos estrangeiros no local. Todos querendo o grande
quartzo. Pacientemente, esperou sua vez. Chegando o fim da tarde, pôde falar ao
garimpeiro Chico Jorge da necessidade
de levar aquela pedra, que seria posta em um lugar especial. Descreveu-lhe o
Templo da Boa Vontade em construção. Foi quando, ao se aproximar deles, a
esposa do minerador interveio: “Chico,
você vai passar essa pedra para o Templo, porque eu sou ouvinte da LBV e gosto
muito dela”. Em resumo foi assim. Haroldo retornou, trazendo a pedra que se
encontra hoje gloriosamente cravada no pináculo do TBV. O que mais impressiona
nessa história é que, naquela mesma semana, a mulher do garimpeiro, dona Maria de Lourdes, lembrou-se de um
sonho no qual o marido achava uma pedra que teria uma nobre destinação. Nestes
20 anos, esse belo cristal irradia a luz do Amor de Deus, fortalecendo, ainda
mais, a vocação mística da capital brasileira.
Ao casal Chico Jorge e Maria de Lourdes, a gratidão dos
milhões de peregrinos que, ao entrarem na nave da Pirâmide das Almas Benditas,
dos Espíritos Luminosos, são beneficiados pela saudável energia espargida do
cristal do Templo da Boa Vontade.
Carta especial
Em correspondência a mim dirigida, o leitor G. P. S.,
hoje cumprindo pena num presídio, conta que, por intermédio de sua mãe,
chegou-lhe às mãos uma das obras de minha autoria: “Quero dizer que há muito tempo tenho acompanhado o trabalho da LBV, o
qual tem toda a simpatia de minha parte, e que particularmente acho que é o
mais importante que temos no país, principalmente na área social. (...) No
início deste mês, a minha mãe me mandou um sedex, pois me encontro encarcerado,
e entre os materiais de que necessito mandou-me também o seu livro ‘Em Pauta —
Coletânea de artigos publicados’. Esses artigos muito me impressionaram, uma
leitura que tocou o meu coração. Que Deus o abençoe grandemente. Um forte
abraço”.
Sinto-me
gratificado em saber que esses meus modestos escritos lhe estejam reconfortando
a alma.
José de Paiva
Netto, jornalista, radialista e escritor.
sexta-feira, 5 de junho de 2015
quarta-feira, 3 de junho de 2015
ARTIGO
Criança, um expoente
da Natureza
Paiva
Netto
Em 19
de agosto de 1982, ante as estatísticas da guerra no Oriente Médio, a
Assembleia-Geral das Nações Unidas, numa sessão extraordinária de emergência,
estabeleceu 4 de junho Dia Internacional das Crianças Vítimas de Agressão.
O
Brasil não vivencia propriamente guerras convencionais, mas a violência contra
os pequeninos se faz presente no descaso, na exploração, incluída a abominável
sexual, na omissão de famílias ou da sociedade. Em artigo publicado na revista Boa Vontade, edição no
229, o sociólogo e secretário de Estado de Desenvolvimento
Social de São Paulo Floriano Pesaro chama-nos a atenção, por exemplo, para
a triste realidade do trabalho infantil. Trago-lhes aqui um trecho:
“O aumento do número de crianças de rua está
intimamente relacionado com a pobreza nos centros urbanos. (...) Filhos desse
‘bolsão metropolitano de pobreza’, as crianças que vemos pedindo esmola,
fazendo malabares e vendendo balas nos faróis migram para as regiões centrais
de São Paulo a fim de trabalhar. Longe de casa e dos bancos escolares, estão
expostas à violência moral, física e sexual. Na maioria das vezes, o dinheiro
arrecadado não fica com elas, tampouco com as suas famílias. Estimativas
revelam que dois terços do que uma criança ganha em um farol (em média, 30
reais por dia) vão parar nas mãos de um aliciador. (...)
“Urge trabalharmos em rede, com sinergia e
sincronismo, estabelecendo papéis e diretrizes claras e compromissos concretos
para a erradicação definitiva do trabalho infantil, bem como evitar
sobreposições de tarefas e desperdício de recursos”.
Atuar
incansavelmente pelo bem-estar das famílias, em especial de crianças e
adolescentes em risco social, é uma das principais atribuições da Legião da Boa
Vontade, há mais de seis décadas. O esclarecimento das massas, pelo prisma da
Espiritualidade Ecumênica, é outra relevante missão sua. É essencial
reconhecermos que, acima de tudo, temos deveres espirituais. Assim, os direitos
humanos serão respeitados em sua integridade.
Meio
ambiente e ecologia
Em 5 de
junho, comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente e Ecologia. Apesar das
resistências, de uns tempos para cá cresce no mundo a preocupação ecológica.
Vale
ressaltar, contudo, como já me expressei na Folha
de S.Paulo, em 10 de dezembro de 1989, que o ser humano e seu Espírito
Eterno não são criações à parte da Natureza, mas os maiores expoentes. A
riqueza deste orbe é a sua Humanidade, visível e invisível, ecologicamente
conciliada com a fauna, flora e todo o meio ambiente.
José de Paiva
Netto, jornalista, radialista e escritor.
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