terça-feira, 14 de abril de 2015

LBV

Em Petrópolis, LBV abre inscrição para curso de manicure
O Centro Comunitário de Assistência Social, Legião da Boa Vontade (LBV), em Petrópolis está com inscrições abertas para novas turmas dos cursos gratuitos profissionalizantes de Manicure. As vagas são oferecidas pelo programa Capacitação e Inclusão Produtiva.
Durante a capacitação, que dura dois meses, as participantes aprendem o passo a passo de pintura e decoração das unhas, higienização e esterilização dos equipamentos, e ainda recebem todo material necessário para o aprendizado da profissão.
O curso, destinados a pessoas com idade superior a 14 anos, visa ao desenvolvimento de habilidades necessárias para se integrar ao mundo do trabalho. Para se inscrever, o interessado deve comparecer à LBV, das 9h às 16 horas, levando xerox do documento de identidade (RG), Cadastro de Pessoa Física (CPF) e um comprovante de residência. Menores de 18 anos deverão estar acompanhados de um dos pais ou responsável. As aulas têm início no dia 04 de maio.
Em Petrópolis, RJ, o Centro Comunitário de Assistência Social, da Legião da Boa Vontade, está localizado na Av. Luiz Pellegrini, 128 — Cascatinha. Para outras informações, ligue: (24) 2233-1400.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

ARTIGO

Solidariedade com a Terra

Paiva Netto


Desde o Protocolo de Kyoto, em 1997, pouco se alcançou de concreto. Ao ser entrevistado para a revista Boa Vontade, o dr. Kiyo Akasaka, então subsecretário-geral da ONU para Comunicação e Informação Pública, na época embaixador do Japão e um dos principais negociadores de seu país nos debates sobre as mudanças climáticas, revelou que “somente em 2005, após a aceitação desse protocolo pela Rússia, é que ele passou a vigorar. Isso levou bem mais tempo do que esperávamos. Na Conferência de Kyoto, ocasião em que o protocolo foi assinado, estávamos na expectativa de que, em 2005, começariam novas negociações. Estamos em 2009, portanto, já são quatro anos de atraso. Na Dinamarca, esperamos conseguir um acordo que abranja tanto os países desenvolvidos quanto aqueles em desenvolvimento. (...) Em muitos países, (...) a sociedade civil e as pessoas em geral estão bem mais conscientes da necessidade de lidar com essas questões, porque se têm observado os efeitos das mudanças climáticas no aumento do nível do mar, nas tempestades, nas secas, no derretimento de geleiras nos Alpes... Algo precisa ser feito”.
Parecer compartilhado pelo mestre e doutor em Economia Sérgio Besserman, igualmente registrado pela revista Boa Vontade: “Há, de fato, uma consciência de que é totalmente necessário tomar medidas rápidas, emergenciais, muito profundas, de modo que as economias do mundo, e não apenas a produção, mas o consumo, aquilo de que todos participamos também, mudem e passem a emitir menos gases do efeito estufa, com o objetivo de evitar piores cenários de aquecimento global. (...)”
Indagado sobre quais providências devem ser tomadas, o prof. Besserman foi categórico: “Eu diria que há ainda muita inércia. É natural que haja certo conservadorismo diante de mudanças, somos assim; se o médico nos dá uma má notícia ficamos zangados com o médico, buscamos outro. Só quando a gente está convencido de que precisa emagrecer, fazer exercícios, ter hábitos saudáveis, de que necessita dar atenção à Espiritualidade, só então a gente encontra forças para mudar. O mundo não é tão diferente, ele já tem certa consciência da necessidade de considerar que o planeta é finito; temos de respeitar o ritmo em que a Natureza renova os serviços que ela nos dá, mas isso ainda não encontrou forças suficientes para se tornar em ação e início da transformação necessária neste século 21”.
Mirdes de Oliveira, pós-graduada em meio ambiente e sociedade, falando ao programa Biosfera, da Boa Vontade TV (canal 20 da SKY), observou-nos a resposta que o orbe está dando ante a ação humana: “A cada dia vemos as mudanças das temperaturas: o frio cada vez mais intenso e o calor castigando as regiões com estiagens. Temos também o problema das chuvas. Esse é um grande exemplo porque antigamente tínhamos chuva de verão, mas hoje não: a cada ano que passa, o que vemos são fortes tempestades. Com isso acabamos tendo outro tipo de poluição, provinda da água dos rios que entra nas casas, podendo trazer, por exemplo, a leptospirose”.
Fica explícito que, acima de tudo, o assunto exige urgente cooperação individual e coletiva. Sem solidariedade com a própria Terra, não sobrará ninguém para contar a história. 

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.



terça-feira, 7 de abril de 2015

ARTIGO

Altruísmo — uma revolução
Paiva Netto

Ao falarmos em Amor fraterno e Universal, absolutamente não nos queremos situar no reino das nuvens. Temos, contudo, certeza de que o sentimento bom, de generosidade, é fator primordial para uma civilização em que o Espírito Eterno do ser humano seja o fulcro. Sobre este, o Espírito, se firma a revolução que ainda urge ser concluída, aquela que se realiza na Alma das criaturas e por intermédio delas se perpetua. E aí entra a educação eficiente.
Lição do saudoso sociólogo Herbert de Souza (1935-1997), o Betinho, que devemos recordar: “A partir da ética é possível formular os cinco princípios concretos da democracia: igualdade, liberdade, diversidade, participação e solidariedade — existindo simultaneamente”.
Bem merecido e exato foi o prêmio cultural que recebeu no fim de 1996, do Parlamento Mundial da Fraternidade Ecumênica, o ParlaMundi da LBV, em Brasília/DF: a “Ordem do Mérito da Fraternidade Ecumênica”, na categoria “Solidariedade”. Como escrevi no artigo “Um cidadão chamado Solidariedade”: A luta contra a fome, da qual Betinho se tornou poderoso aríete, naturalmente reclama constantes investidas. (...)
De meu ensaio literário Sociologia do Universo, consoante nossa crença no valor do altruísmo, ressalto que não é por acreditarmos nele, até na área dos negócios, que devamos ser considerados tolos. Temos consciência plena dos estorvos, até mesmo nos campos econômico e social, a exemplo da tragédia da corrupção, que qualquer comunidade ou país precisa corajosamente enfrentar e ultrapassar. Ao propormos, há décadas, a Economia da Solidariedade Espiritual e Humana como Estratégia de Sobrevivência, tomamos parte na rigorosa torcida que deseja ver os muitos senões que prejudicam trabalhadores, empresas, sociedade e crenças em definitivo corrigidos por aqueles capazes de fazê-lo.
Quando mais o ameaça a violência, o desenvolvimento de um povo não pode prescindir do espírito humanitário, aliado ao de íntegra justiça. Os persas, que seguiam a doutrina de Zaratustra (628-551 a.C.), ensinavam: “Aquele que é indiferente ao bem-estar dos outros não merece ser chamado homem”.
Um dos mais expressivos filósofos espanhóis, José Ortega y Gasset (1883-1955) vem ao encontro desse antigo preceito, ao afirmar: “Estado e projeto de vida, programa de ação ou conduta humanos são termos inseparáveis. As diferentes classes de Estado nascem das maneiras segundo as quais o grupo empreendedor estabeleça a colaboração com os outros”.
Deng Xiaoping (1904-1997), que iniciou no século 20 uma série de profundas reformas na China, destacou uma lição do que não se deve fazer para alcançar a concórdia: “Há pessoas que criticam os outros para ganhar fama, pisando os ombros alheios para ascender a posições-chave”.
Por tudo isso, o que sugerimos, alicerçados em Jesus, vai além do que inspirou a economia solidária estudada pelo ilustre sociólogo Émile Durkheim (1858-1917). A Economia da Solidariedade Espiritual e Humana, que preconizamos, é holística, porquanto nos convida a vislumbrar a nossa verdadeira origem, a espiritual. Somente assim haverá a humanização e a espiritualização do Estado e da própria criatura, ou seja, sob o banho lustral da Caridade Ecumênica, que não faz distinção de pessoas, pois considera que — acima de cor, crença, descrença, visão política, filosofia, orientação sexual, idade — estamos diante de seres terrenos, que suplicam por socorro e compreensão (...).
Bem a propósito, declarou o heroico Nelson Mandela (1918-2013): “A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta”.
Portanto, coloquemos sempre um pouco de misericórdia, somada ao justo bom senso, no nosso olhar, nas atitudes para com o próximo, conhecido ou não; na interação com o vizinho, seja ele indivíduo ou país. A verdadeira Paz pode vir também desse entendimento.
É indispensável, porém, jamais nos esquecermos desta eloquente reflexão de Confúcio (551-479 a.C.): “Paga-se a bondade com a bondade, e o mal com a justiça”.

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com

segunda-feira, 6 de abril de 2015

artigo


Viver é melhor!
O suicídio não resolve as angústias de ninguém.
Paiva Netto

De vez em quando, surge alguém a falar sobre o suicídio, como se ele fosse uma glória, a do desaparecimento das dores e das perturbações da vida.
No entanto, isso é um grande engano, no qual ninguém deve precipitar-se, porquanto todo aquele que procurar no fim da existência humana o esquecimento de tudo encontrará o supremo despertar da inteligência flagrada em delito, porque, buscando o fim, achará vida e suas cobranças acerca do que o suicida terá feito com ela.
A morte não é o término da existência humana. Como dizia o saudoso Proclamador da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, Alziro Zarur (1914-1979), “ela não existe em nenhum ponto do Universo”.
Realmente, porque nem o cadáver está morto. Ao desfazer-se, libera bilhões de formas minúsculas que vão gerar outras maneiras de existir.
Você não acredita? Tem todo o direito. Mas se for verídico?! Premie-se, minha amiga, meu amigo, com o direito à dúvida, base do discurso científico, que, na perquirição incessante, continua rasgando estradas novas para a Humanidade.
Pense no fato de que, se o que afirmamos aqui for realidade, Você encontrar-se-á, após um pseudoato libertário (o suicídio), terrivelmente agrilhoado (ou agrilhoada). Achar-se-á em uma situação para a qual, de jeito algum, estava preparado (ou preparada). Para quem apelar se, de início, afastou de si todos os entes queridos e alegrias que teimava em não ver?! Naquele momento, tardiamente, gostaria de voltar a enxergá-los. E, somente à custa de muitas orações, que Você, talvez, jamais, ou raras vezes, tenha proferido na Terra, perceberá, num gesto de humildade, uma luz que se lhe acendam nas trevas. Apenas desse modo poderá reencetar, depois de muitas dores, cobradas por seu próprio Espírito, uma caminhada que se terá tornado mais áspera.
Como se diz, na Religião Divina, “o suicídio não resolve as angústias de ninguém”; portanto, nem as suas.
Meu Irmão, minha Irmã, a Vida continua sempre, e lutar por ela vale a pena. Por pior que seja a escuridão da noite, o Sol nascerá, trazendo claridade aos corações.
Ainda mais, se passarmos os olhos pelo redor do nosso dia a dia, veremos que existem aqueles, seres humanos e até mesmo animais, em situação mais dolorosa, precisando que lhes seja estendida mão amiga. Não devemos perder a oportunidade de ajudar. Àquele que auxilia não faltará nunca o amparo bendito que lhe possa curar as feridas.
Viver é melhor!

José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.